sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Restauração à Mesa no Jantar dos Conjurados

Noite de Gala para os Monárquicos, mais uma vez, qundo se celembram 367 anos desde que um grupo de cerca de 40 conjurados, como se auto-denominaram, sincronizou esforços para libertarem Portugal da "ocupação" estrangeira, que duráva há 60 anos.
A 1 de Dezembro de 1640, chegava ao fim o reinado 2dos Filipes espanhóis em Portugal, e davam-se vivas a D. João IV e ao Portugal restaurado.

Hoje, passada a euforía restauratória, pouco mais do que um feriado ficou da data, já que a república dedica menos atenção a estas datas mais representativas da existência de Portugal do que às da existência do regime.

A figura do duque de Bragança, antes de se tornar D. João IV, tem sido menospresada por alguns autores, que, talvez intencionalmente ou republicanamente, tentam passar a imagem de um homem frouxo e irresoluto, que impalidece em comparação com a sua esposa ambiciosa e espanhola, por sinal, que terá rugido um “antes morrer reinando, do que viver servindo”...

No entanto, uma visão mais REAL, será, a de um homem com sentido de estado, como se diria hoje em dia.
Tudo foi muito bem pensado e combinado, no mais profundo sigilo para não deitar a perder a revolta. Porque do outro lado estava uma das maiores potências do mundo, bem armada e posicionada para esmagar qualquer rebeldia, com já havia sucedido antes.

Portanto, D. João IV, apesar de sempre vigiado e suspeito, teve a ousadia de perceber e ajudar a porpocionar as condições ideias para o sucesso da revolta, da qual esteve sempre em contacto, apesar de não ter participado directamente no assalto ao Paço, nesse dia 1º de Dezembro.
E é claro que o super-herói musculado de capa e espada ou que se vira para a camera e diz "hasta la vista baby" depois de despachar uma centena de mauzões, tem sempre mais encanto do que a personagem que manobra na sombra.

Não resito a recordar aqui a opinião de um Inglês do século XVII, tirada de outro blog:

"O ministro inglês em Lisboa durante a época das lutas entre D. Afonso VI e o infante D. Pedro, ainda durante a guerra da restauração, Sir Robert Sthouwell, escrevia que: “se quereis ver os portugueses vencidos, deixai-os uns com os outros”. Menos de 2 décadas depois da conjura do 1º de Dezembro os portugueses já tinham perdido a capacidade de unidade e de consenso nacionais que tinham mostrado naquela primeira quinzena de Dezembro em que liquidaram o domínio de uma das principais potências da Europa, da potência que então disputava a primazia com a França."

sábado, 10 de novembro de 2007

Limpe-se a Nódoa Histórica

Em vésperas do centenário do Regicídio, penso que Portugal não perdeu apenas um Rei à frente do seu tempo, um jovem e promissor herdeiro, e uma ligação histórica e familiar às suas origens - perdeu também parte da sua alma, do seu prestígio internacional e custou-nos décadas de retrocesso democrático.

A maior homenagem que se poderia fazer às vítimas do maior crime contra Portugal, na minha opinião, seria reabilitar a Monarquia.
Desejo todas felicidades aos herdeiros da Família Real, nossos melhores representantes, como simbolos vivos da nação.