segunda-feira, 23 de julho de 2007

Petição Real e Oportuna

Em boa hora alguém se lembrou de lançar esta petição, que pretende apenas lembrar e homenagear dois Portugueses barbaramente assassinados à esquina de uma rua da praça de visitas de Lisboa, à perto de 100 anos.
Este crime, dos mais odiosos da história nacional e internacional, está prestes a cumprir o seu centenário de opróbrio, em Fevereiro do ano que vem. Tão vergonhoso é, que o Regicídio tem sido mantido no baú dos fantasmas da história. Bem ao estilo de uma República esquizofrénica e complexada, que até a origem das cores da bandeira republicana tentou esconder.
Independentemente das convicções pessoais de cada um, como diz a petição, esta iniciativa desvinculada de interesses procura assinalar uma data fatídica da história contemporânea nacional, e de maneira simbólica, prestar um tributo às vítimas e condenar a violência e o terrorismo. Fica o apelo a todos os Portugueses e Portuguesas.


Ex.º Senhor Presidente da Assembleia da República

Excelência:

A 1 de Fevereiro de 1908, pelas 17:20 horas, no Terreiro do Paço junto à esquina com a Rua do Arsenal, foram assassinados o Rei Dom Carlos I e o Príncipe Real Dom Luís Filipe.
Este acontecimento trágico, geralmente reconhecido como um dos mais marcantes da História de Portugal, merece bem ser evocado com a imparcialidade e a clarividência que a distância de um século já permitem.
Sem menosprezo das legítimas opiniões pessoais de cada um dos Portugueses acerca do regime actualmente vigente, consideramos importante e oportuno assinalar o centenário do Regicídio.
Na verdade, trata-se de condenar um acto de terrorismo contra um Chefe de Estado legitimamente empossado e contra o seu sucessor constitucionalmente consagrado, acto planeado e perpetrado sem manifestação de vontade ou participação da esmagadora maioria de um Povo de índole pacífica e tolerante.
Assim, ao abrigo do artigo 52º da Constituição da República Portuguesa e nos termos da Lei n.º43/90, de 10 de Agosto, vêm os signatários solicitar a V.ª Ex.ª o seguinte:
1- que o dia 1 de Fevereiro de 2008, centenário do Regicídio, seja decretado dia de Luto Nacional;
2- que às 17:20 horas desse dia seja cumprido um minuto de silêncio, em homenagem a um dos maiores Chefes de Estado de Portugal e ao seu sucessor constitucionalmente consagrado.

Quem desejar juntar a sua assinatura à de muitos outros cidadãos e cidadãs deste país, pode faze-lo aqui:

http://www.petitiononline.com/1fev2008/petition.html

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Não é Defeito, é Feitio

Não há nada de mal na República, apenas NESTA república.
Este regime revelou-se um autêntico câncro para o país.
Precisou de menos de 100 anos para demonstrar que a monarquia não era o problema, se é que alguém tinha dúvidas.
A Espanha cometeu o mesmo erro, mas emendou-o a tempo.
Infelizmente, por este andar, vai levar muito tempo até que os Portugueses despertem do coma para onde foram atirados em 1910.

"Foi o Rei D. Carlos um "antecipado", e por isso foi assassinado, para que a desordem e a mediocridade pudessem continuar a campear."
António Sardinha

Sábias palavras. E afinal, até 1910 era repúblicano. Também aprendeu depressa.
Pensando bem, é mesmo defeito.

domingo, 15 de julho de 2007

Ser Português é...

No dia em que saíu a entrevista ao nosso segundo laureado, José Saramago, onde o autor do Memorial do Convento e de outras obras excelentes, faz a apología de uma comunidade ibérica com centro em Madrid, mais se evidencía a necessidade de uma figura de estado que, de modo unânime , independente e identificável com a história e a nação, represente o povo Português e seja o simbolo vivo da nação. Nenhum presidente pode ser ou fazer isto tudo, numa só pessoa.

Embora a união política e económica com outros estados seja, até certo ponto, aceite hoje em dia - caso da União Europeia, - a união proposta pelo escritor exilado nas Canárias, tem uma leitura ofensiva para muitos Portugueses, que de imediato reagiram negativamente e até emotivamente, sensurando o Nobel Português.

Parece óbvio que esta questão só é suscitada, pela deríva de valores e de representação nacional, a falta de auto-estima pública, e pela frustração com o nível político nacional.
A Monarquia pode, eventualmente, ter defeitos; mas a república tem certamente muitos mais. Assima de tudo, é um regime hipócrita, com todos os defeitos apontados à Monarquia e outros mais, apenas permitindo que grupos partidários e "elites" de qualidade duvidosa sirvam os seus próprios interesses e os de terceiros.

Saramago pode ter afrontado muitos "brios" Portugueses como diz, mas ao atirar uma pedrada no vespeiro, despertou o enxame dormente para a realidade. Os Portugueses estão na situação que estão por culpa própria, por desmazelo, egoismo, tacanhez e corrupção.


Se os Portugueses realmente se sentem ofendidos com a cedência de parte da sua nacionalidade e independência, se realmente sentem brio em ser Portugueses, devem começar por o demonstrar no dia a dia, em prol do país e dos valores nacionais, contra a mesquinhez, os interesses próprios, a politiquice, e favorecer do desenvolvimento do país.

Isto vale também para alguns ditos monárquicos, que se perdem em desavenças e questúnculas espúrias, não sendo capaz de organisar e mobilizar em favor de uma causa única - Portugal.