terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Três Em Um Na Restauracão'09

1.Eis alguns "musts" que têm mesmo de ser lidos - começando por este antológico, do Jornal "O Diabo".

2.Belíssimo texto, que não resisti a clonar deste magnífico blog

Em troca, deixei um comentário em geito de resposta a uma inquietação, se assim se pode chamar, neste post.

O comentário está aqui reproduzido, mais abaixo, e será desenvolvido posteriormente.

"A republica não feriu somente interesses. Feriu interesses e sentimentos. Não se limitou a arremessar o paiz, manietado, aos pés da demagogia. Matou a tradição, origem de toda a inspiração, fonte de toda a renovação. Seccou as fontes dos sentimentos. Tudo materializou, tudo bestealizou. Foi como se cortasse todas as arvores, todos os arbustos, todas as hervas, lançando-lhe fogo ás raizes, como se seccasse todas as aguas e afogasse todas as aves d'um grande campo. Obra tremenda d'ignorancia. Abri os olhos, oh cegos! Oh cegos, que não vedes a devastação, a ruina, o grande incendio que devora Portugal!"

Homem Christo, Banditismo Politico, Madrid, 1913

domingo, 25 de outubro de 2009

Tudo o que V/Sempre Quis Saber Sobre a Monarquia

Perguntas Frequentes (F.A.Q.s) *ver nota de rodapé

1. É verdade que D. Duarte recebe um subsídio do estado ?

Não. S. A. R. vive inteiramente dos seus rendimentos que aufere dos imóveis que herdou da sua mãe, a princesa D. Maria Francisca (1914-1968), e da falecida Rainha D. Augusta Vitória (1890-1966). Os bens desta última fazem parte integral da Fundação D. Manuel II cujo presidente é S. A. R. como chefe da Casa Real.

2. Existe algum site oficial da Casa Real ?

Sim. Ele é em http://www.casarealportuguesa.org/

3. Porque é que D. Duarte não se candidata a presidente da república e passa a rei ?

Primeiro porque não depende de S. A. R. restaurar a monarquia, depende apenas dos portugueses. Além disso nenhum presidente da república tem poderes para mudar o regime republicano. Isso requer iniciativa do primeiro ministro e uma mudança de constituição.

4. Então e porque é que ele não se candidata a primeiro-ministro ?

Porque mais uma vez não pertence a S. A. R. restaurar a monarquia mas apenas ao povo cuja vontade é representada pelos seus eleitos. Além disso S. A. R. não tem nenhuma agenda política e candidatar-se a primeiro-ministro somente com o motivo duma restauração monárquica seria ridículo.

5. D. Duarte deve votar sempre no PPM não ?

S. A. R. não vota nas eleições legislativas nem nas presidenciais nem se compromete com nenhum partido político, mas faz questão de votar nas eleições locais por serem mais sobre o candidato em si do que o seu partido. O PPM não representa de todo o pensamento monárquico português e nos dias de hoje é mais uma sociedade familiar do que um partido. Os monárquicos têm um amplo espectro de pensamento político podendo votar em vários partidos.

6. Então é tudo deixado aos partidos para restaurar a monarquia ?

Nem tudo. Há organizações de intervenção cívica supra-partidárias como o Instituto da Democracia Portuguesa e organizações cuja tarefa é promover a monarquia como a Causa Real.

7. Ouvi dizer que o Nuno da Câmara Pereira é pretendente ao trono e que há ainda outros pretendentes...

Á luz do direito constitucional monárquico vigente no dia 4 de Outubro de 1910, o herdeiro da Coroa portuguesa é S. A. R. o Senhor D. Duarte. É claro que o princípio hereditário serve apenas de bússola na escolha, porque o Rei só é Rei por vontade dos portugueses expressa nas Cortes (antigo parlamento) e por isso em teoria qualquer um pode ser Rei.

Quanto a Nuno da Câmara Pereira, dedica-se ao seu negócio de família que é o fado e o PPM, mas há alguns anos atrás peticionou o extinto Conselho de Nobreza para lhe ser reconhecido o direito ao título honorífico de Dom, ao qual segundo o parecer das entidades competentes não tinha direito. Apenas a sua mulher o tem por direito por ser filha do marquês de Borba. Provavelmente pela esposa ser "Dona" e ele não, foi demais para o seu espírito tradicionalista e desde então tem feito uma campanha centrada na dissidência monárquica.

8. D. Duarte está no protocolo do estado ?

Não. Houve uma proposta de lei do CDS-PP que contemplava estabelecer a precedência de S. A. R. após os ex-presidentes da república. Esta proposta levantou controvérsia mesmo entre os meios monárquicos, e foi chumbada. Actualmente a república portuguesa não reconhece S. A. R. como entidade especial. S. A. R. é somente um cidadão igual aos outros.

9. Qual é o sobrenome de D. Duarte ? É Bragança ?

Isto pode parecer bizarro mas os reis de Portugal e, regra geral por toda a Europa, os monarcas e os seus descendentes em linha varonil não têm sobrenome. Por exemplo os descendentes ilegítimos de D. António I, último rei da dinastia de Avis sempre tiveram a designação possessiva de Portugal (D. Manuel de Portugal, D. Cristóvão de Portugal etc.). Com a restauração e a nova dinastia de Bragança tomou-se por hábito designar as pessoas reais com a designação possessiva de Bragança aludindo ao ducado palatino, e cuja razão de ser não é nem mais nem menos do que a anterior. Logo D. Duarte de Bragança ou D. Duarte de Portugal é uma referência à mesma pessoa. O nome completo de S. A. R. é D. Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael (de Bragança).

10. Os monárquicos são todos da nobreza não são ?

Não. Eu sou de classe média, não aprecio fado nem gosto de touradas. Os meus pais não são nobres que eu saiba. A nobreza das monarquias modernas não tem nenhum privilégio especial perante a lei logo o ganho que terão em que a monarquia seja restaurada é nulo. Até pelo contrário, durante a monarquia a nobreza tinha que pagar direitos de mercê, um imposto bastante alto que todos os nobilitados tinham que pagar para se encartarem do reconhecimento oficial do título nobiliárquico.

Este excelente FAQ não é, infelizmente, da minha autoria mas de Nuno Bandeira.

sábado, 17 de outubro de 2009

Gonçalo Ribeiro Teles

Um grande senhor (prova cabal de que os homens não se medem aos palmos), que conta ainda com a qualidade adicional de ser um grande monárquico - Gonçalo Ribeiro Teles.

Esta entrevista demonstra mais uma vez, que os jornalistas - ou alguns que se dizem assalariados dessa nobre profissão - invariávelmente não se dão ao trabalho de se informarem a eles próprios.

Como este entrevistador, muitos há que nem investigam o assunto, nem consultam fontes, antes de avançar com perguntas descabidas - ou com preconceitos estafados, sobretudo em relação à Monarquia e aos monárquicos - como neste caso, onde o Partido Popular Monárquico (PPM) surge ao sabor da ignorância do entrevistador.

Teve porém, o mérito de possibilitar a reposição da verdade.
Assim, saibam todos, de aquém e além mares: O PPM, embora tendo sido fundado e acarinhado por bons monárquicos, como Gonçalo Ribeiro Teles, está agora entregue a nova e mal-frequentada gerência, que nada tém a ver com o excelso Arquitecto paisagista, nem com a própria e muy nobre instituição monárquica, pois o PPM corrente nem reconhece S.A.R. Dom Duarte de Bragança como Herdeiro Real...

O ppm - assim deve ser referido, se é que tém que existir, representa apenas os interesses individuais de uns poucos ambiciosos, que, há imagem dos infames "adesivos" do pós-5 de Ourtubro de 1910, procuram rastejar pela política, por onde der, à procura de gamela.

Actualização 16.11.'09

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A História do 5 de Outubro Esmiuçada



A verdadeira História, não a propaganda, por alguns dos protagonistas e contemporâneos famosos, da transição entre regimes.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Étiqueta Republicana

Contas da Comissão para a Comemoração do Centenário da Rapapublica, não dão um desconto ao contribuinte.
Para saber mais sobre mais esta afronta respulhicana aos Portugueses, nada melhor do que seguir o link para quem levantou a lebre, em primeiro lugar.

Noite Azul e Branca, Não Passou em Branco

Fotos Real associação de Lisboa













Navegando no Tejo.

Boa iniciativa, ou talvez nem por isso - mas os (alguns) monárquicos saíram à rua, nos 99 anos do 5 de Outubro - o centenário será em 2010, se lá chegar... isto porque, credibilidade, nunca teve, nem terá, enquanto proliferarem tantos exemplos de disfunção.
Aliás, basta ver como a República foi imposta, com assassínios, bombas e tiros, para não augurar nada de bom... pela força e pela ignorância o fizeram, e pela ignorância e força a mantém. Pena que as pessoas sejam doutrinadas desde os bancos da escola e não ultrapassam o preconceito...

Aos gritos de "Viva o Rei", e "Por-tu-gal", o grupo de monárquicos que se juntou no Largo de Camões, em Lisboa, chamou a atenção da Comunicação Social - e
isso, até pode ser bom.
No entanto, a maneira como são retratados (como excêntricos, deslocados da realidade), não será benéfica.

No entanto, foi um esforço de alguns (algumas fontes dizem 500, outras falam em não mais de 200), e sempre é melhor que nada.

No entanto, parece-me mais acertado tratar primeiro de informar as pessoas (foi o que fiz este fim de semana) o que
são e o que querem estas pessoas, por certo simpáticas e alegres - e com uma linda bandeira, sem dúvida - mas esclarecendo o maior número de pessoas de que esta malta não é o que os seus preconceitos, fruto de muita desinformação, julga.
"Afinal até são Portugueses e Patriotas - querem ver que
até são humanos?"

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Que Melhor Maneira de Comemorar 99 anos de Regime...

O problema de Portugal sempre foi o facciosismo. A história está cheia de exemplos, e continuam. Clubites e partidítes não ajudam em nada o país.
Se o PS é o Humpty, o PSD é o Dumpty, e nada muda.

As pessoas podiam e deviam virar-lhes as costas, mas estes rotativistas cheiram demasiado a poder e o pequeno Português gosta de estar do lado dos "vencedores"... são ainda os adesivos do 6 de Outubro...

Já os PR são a continuação da bipolarização - ou não fossem eles ex-actores partidários.
Como dizia o Fernando Pessoa, "pelo menos a Monarquia era decorativa"...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sob escuta? Talvez. Sob suspeita? Sempre.



Volta a polémica em relação às alegadas escutas ao P.R.


"A proclamação da República foi uma imprudência, filha das ambições de mando dos chefes e das cobiças desenfreadas dos subalternos." Quem o disse foi um contemporâneo da dita, atento e independente, Fialho d'Almeida.

As coisas mudaram pouco. Os grandes Partidos continuam na sua voragem dominadora do aparelho do Estado; sendo os mesmos actores das campanhas presidenciais, pelo que se pode esperar? Independência? Estarem acima de qualquer tentação ou suspeita? Não dever favores nem dar ouvidos a lobbies e interesses? Não ser um joguete político? Isso só um poder verdadeiramente moderador, como o de um Rei/Rainha Constitucional. Por isso um Rei forte era um obstáculo a abater.

Assim o prova a História. As Monarquias ocidentais não precisaram de Revoluções sangrentas nem de golpes de Estado para se modernizar. Revolução não significa evolução. Ainda está para nascer uma ditadura, numa Monarquia da Europa Ocidental.
Pensem nisso, informem-se, e questionem porque haverá tanta resistência dos que estão agarrados ao poder, em deixar decidir o Povo sobre o regímen.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ESTADO VELHO

Medina Carreira, em entrevista após o lançamento do seu novo livro, comparou o estado actual do Estado actual, ao Estado Novo. Nada de novo, então. A República não mudou muito, nem mudará nunca, sendo como é desde o início, uma república maçónica. E o que nasce torto, jamais se endireita.

"Compara muito estes tempos com o estertor final da monarquia. Em que havia, se descontarmos a efémera ditadura de João Franco, dois partidos, esgotados e corruptos, que se alternavam no Poder - os progressistas e os regeneradores. Como o PS e o PSD de hoje?

Esta democracia não funciona. Os partidos fecharam-se porque não querem gente de qualidade lá dentro."

Medina Carreira, não desilude, e ao seu estilo, diz o que todos pensam mas são demasiadamente "politicamente correctos"" para o exprimirem publicamente.
Neste caso específico, dá-me razão - esta comparação com os partidos rotativistas já eu a tinha feito há tempos.
Esta também merece destaque:

"Mas num País sem recursos, o Estado tem de revelar alguma imaginação para estimular isso...
O Estado tem de ter caco: os tribunais a funcionar bem e impedir que só haja imbecis a sair da escola.

E entre alguma palha, ainda se encontra esta pérola:

"Não há democracia válida se os países não tiverem sustentabilidade económica. Acha que temos uma democracia a sério? Olhe, eu queria uma democracia como esta: o senhor Olmert, primeiro-ministro de Israel, foi acusado de se ter abotoado com uns dinheiros. Vai ser julgado. O presidente da República envolveu-se num escândalo sexual. Foi despejado. O senhor Nixon fez aquela pantominice do Watergate e foi-se embora. Uma democracia tem de ter um sistema judicial que funcione. E em Portugal? É o Freeport, são os sobreiros, os submarinos, os bancos... Tudo! Em Portugal, o Poder não quer que a justiça funcione. porque isso lhe trará dissabores."

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

HISTORIADOR IMPLACÁVEL - TRAILER


Trailer do novo video que pretende ser didático, mas também divertido.

"Este "Historiminator" veio do Futuro, onde a verdade histórica foi restabelecida, para ajudar os Portugueses a perceber que o seu passado está ameaçado por falsidades, erros e deturpações. Quem não se lembra donde vem, não sabe para onde vai... está nas vossas mãos restaurar a verdadeira identidade nacional.
O 1º alvo do Historiador Implacável é a verdade sobre o próximo Centenário da República."

Saúdo também os Monárquicos do Porto do PORTUGAL MONÁRQUICO - que não só hastearam a mais linda bandeira do mundo na Câmara da Imbicta, como também devolveram o nome original às ruas da baixa portuense.
Paiva Couceiro deve estar orgulhoso!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aprender a Brincar

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ah Fadista!... Assim, Gosto de te Ouvir

Entrevista ao Fadista João Ferreira Rosa no Jornal "O Diabo" de 25.08.'09 :

"Ainda os rapazes do site ‘31 da Armada’ não eram nascidos – e já o fadista João Ferreira Rosa hasteava todos os dias a bandeira azul e branca no mastro de sua casa. “O Diabo” foi ouvir um dos mais destacados defensores da Monarquia em Portugal.

“O Diabo” – A Monarquia é fácil de explicar ao povo, 99 anos depois da instauração da República?

João Ferreira Rosa – Facílima. Há doutores que podem fazê-lo com grandes tratados. Mas sabe quem pode explicá-la melhor? Os portugueses (e são mais de um milhão) que vivem e trabalham nos países onde há Monarquia: na Holanda, no Canadá, na Austrália, na Suécia, na Inglaterra, no Luxemburgo, em Espanha, na Bélgica. Só que esses não passam na televisão. Dantes havia uma censura, agora parece que cada qual tem a sua…

“O Diabo” – Porque é que é monárquico?

J.F.R. – Não quero ter um Chefe de Estado eleito. O Rei não é de facção nenhuma nem lhe sobe a importância à cabeça: é importante desde que nasce e representa todos. O Rei é o chefe natural da nossa família comum.

“O Diabo” – Acha que os monárquicos têm conseguido “fazer passar a mensagem”?

J.F.R. – Há por aí alguns condes e viscondes, falsos monárquicos, que dizem que o povo não está preparado. O único que está preparado é o povo. O povo está preparadíssimo! Eles é que não querem Rei. São uns snobs. Acham que ser monárquico é ser nobre. Nobre? Mas querem gente mais nobre do que o povo? A esses condes e viscondes, o Senhor D. Carlos não dava confiança. Queixavam-se de que o Rei não tinha Corte! Pois não: a Corte do Rei era o povo! Ele ia para Vila Viçosa e era com o povo que queria estar.

“O Diabo” – Quais são as desvantagens de um Presidente eleito?

J.F.R. – Desde logo, só se pode concorrer à Presidência apoiado por muito, muito dinheiro e um partido político. Portanto, ganha quem tem mais dinheiro e representa uma facção. Sabendo como a República foi feita, só uma pessoa desonesta pode querer candidatar-se a Presidente. A República foi feita por meia-dúzia de traidores, assassinos e ladrões. Quando assassinaram o Senhor D. Carlos e o Príncipe, em 1908, até os republicanos franceses disseram: ‘Mataram o Rei mais culto da Europa’. No dia 5 de Outubro, aquela Câmara Municipal de Lisboa, onde agora estes rapazes hastearam a bandeira nacional, era uma galeria de gente horrível. O José Relvas e todos os outros. Uns criminosos. Mataram gente. Não eles, pessoalmente: mandaram a Carbonária. São figuras sinistras. A instauração da República é um filme de terror. Por isso nunca a referendaram. Nenhum país no mundo tem uma ditadura com 100 anos, como nós temos. E não se pode dizer isto. Ninguém me convida para ir à televisão dizer isto. E quando me convidam para cantar, querem sempre que cante ‘O Embuçado’ e umas coisas inocentes. É tenebroso. Ainda no outro dia me fizeram uma entrevista para uma televisão e estiveram a gravar mais de uma hora. Eu só lhes dizia: ‘Mas para quê gravar tanto tempo, se não vai sair nada do que eu estou a dizer?’. Claro: saíram três frasesinhas, a respeito de Fado…

“O Diabo” – Portugal tinha uma boa Monarquia?

J.F.R. – Tinha uma Monarquia exemplar, comparada com as outras. Ainda há tempos estiveram aqui uns noruegueses e disseram a quem os quis ouvir: ‘Vocês, com a História que têm e com os Reis que tiveram, tinham obrigação se ser monárquicos’. A República assenta num lago de sangue. É um crime que nunca foi julgado. Não foi o povo que matou o Rei. Os maiores democratas que nós tínhamos eram o Senhor D. Carlos e a Família Real. O Alfredo Marceneiro contava isso. Ele era operário, nessa altura, vivia em Santa Isabel e assistiu ao 5 de Outubro. Houve um dia um programa de fados na televisão, feito em Pintéus, e gravaram uma conversa minha com o Marceneiro. Como era 5 de Outubro, eu perguntei-lhe: ‘Tio Alfredo, o que é que esta data lhe diz?’. E ele respondeu: ‘Sim, filho. Eles, primeiro, mataram o Rei e o Príncipe. Em Lisboa, o povo ficou a chorar. Passados dois anos, andaram grupos pelas ruas, aos tiros e aos gritos, a dizer ‘não saiam de casa, é uma revolução’. O povo acobardou-se e eles fizeram a República’. E foi mesmo assim. A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso. E ainda hoje eu vejo muito pouca gente a intitular-se republicana. São raros.

“O Diabo” – O povo é monárquico?

J.F.R. – Aqui em Alcochete, por exemplo, muito povo é monárquico. Depois do 5 de Outubro, o barco de ligação a Lisboa continuou durante anos a içar a bandeira real. E só acabaram por desistir porque, quando chegavam a Lisboa, tinham a Guarda Republicana em cima deles.

“O Diabo” – E continuam monárquicos?

J.F.R. – Eu até tenho amigos comunistas monárquicos!

“O Diabo” – O facto é que vivemos em República…

J.F.R. – Pois se a Constituição nem sequer permite que se ponha em causa o regime! É uma vergonha. E agora, na próxima Assembleia, que terá poderes constituintes, não acredito que tenham a coragem de mudar. O Medina Carreira é que os topa! Esse grande senhor daria um grande conselheiro do Rei de Portugal. Diz as verdades. Só que depois nada acontece. Ele chama-lhes ladrões, chama-lhes tudo, mas eles não têm a coragem de levar o senhor a tribunal. Se isto não levar uma volta, eu não vou morrer cidadão da República Portuguesa. Não há ninguém mais português do que eu. Mas morrer debaixo da bandeira da República, isso não. Mais vale ir morrer longe.

“O Diabo” – A República vai fazer 100 anos. Que acha que deviam os monárquicos fazer em 2010?

J.F.R. – Devíamos exigir o referendo. A melhor comemoração era fazer-se o referendo sobre o regime no dia 5 de Outubro de 2010. Isso é que era.

“O Diabo” – Acompanhou os casos dos jovens monárquicos que substituíram a bandeira republicana pela bandeira azul e branca…

J.F.R. – A mim nasceu-me uma alma nova com esta gente. Fiquei orgulhoso. Senti-me recuar aos 20 anos. O que incomoda ainda mais a corja republicana é que são jovens. Porque isto desmente a propaganda republicana de que a Monarquia é uma coisa de velhos. Eu sou monárquico desde que comecei a pensar, desde rapazinho. Sou monárquico por pensamento, não por herança de sangue.

“O Diabo” – Acha que este caso vai ter consequências?

J.F.R. – É preciso que estes bravos sejam julgados! É preciso fazer coisas, como eles fizeram, para sermos julgados e podermos dizer em tribunal o que se impõe que se diga! É uma infâmia não nos deixarem falar. Eu, com 72 anos, não me importo nada de ser preso como monárquico! Teria o maior orgulho! A República é um crime que continua por julgar."

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O REI TRAÍDO - CANAL HISTÓRIA (1 de 6)



O que mais sobressai, destes últimos episódios das bandeiras, é a imensa ignorância sobre a própria História do país - em especial, do período que compreende o início do SEc. XX, que sendo o tempo dos nossos bisavós, não se compreende esse desconhecimento a não ser por directa acção da propaganda respulhicana.

Este documentário visa corrigir essa desinformação.
Peca apenas por ter sido gravado em VHS, pelo que a qualidade da imagem é sofrível...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Verão Azul... E Branco

A "luta" continua e já chegou a Cascais.
Porém, como qualquer luta que se preze, a luta também tem direito a fim de semana, pelo que a bela bandeira Azul e Branca foi à praia.

Não se pense, no entanto, que foi a uma praia aristocrática, onde políticos pançudos passeiam os seus sinais exteriores de riqueza.

Não, esta bandeira frequenta praias populares; praias tão despretensiosas que não têm nada a esconder - literalmente - como as do Meco.
E foi assim, nua de preconceitos e de pudores republicanos, que a bandeira mais bela do mundo foi solta ao vento - porque o que é belo, é para se ver.

Não há vergonha no nudismo; apenas um ligeiro desconforto de não ter onde guardar o porta-moedas.

Viva Portugal! Viva o Rei! Viva o pregão "Booolinhaaaas"!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Parece Que Quem Anda à Chuva, Molha-se

Belo espectáculo, oferecido pelo PS, PSD e PR.
Só vêem confirmar o que os monárquicos dizem - um PR é facilmente comprometido com interesses, lobbies ou Partidos, quer seja verdade ou não.

Ambos os Partidos, fazem jus ao antigo rotativismo decrépito, dos últimos anos da Monarquia.
O PR, faz jus a ele próprio - um político, ainda que reformado, nunca deixa de ser político; é de certa forma, um cadastrado, com um passado de delinquência política. Toda a gente sabe onde ele andou - os becos da política, especialmente a Portuguesa, são muito mal frequentados, pelo que dificilmente alguém emerge limpo da lama política. Fica sempre a mácula, embora no caso de Cavaco Silva, ficam também algumas migalhas de bolo-rei.

Nem interessa quem vigiou quem, quem ajudou na campanha de quem, quem puxou o tapete ao Santana, etc, etc, etc. A suspeita, a tentação, a tensão entre Governo e PR pesará sempre sobre a República - ainda p'ra mais num país destes, em que desde o merceeiro até ao deputado e ao PR, todos pedem e devem favores.

Só numa Monarquia há equidistância e independência plena. Por isso mataram D. carlos I. Não me canso de o afirmar, até que a sua memória seja reabilitada.

Com permissão de Sua Majestade

Fica ainda a propósito, um livro que já saiu há algum tempo, mas passou convenientemente despercebido. Uma pérola de Jorge Morais, que demonstra como Portugal foi vendido por figurões republicanos e maçónicos, a interesses particulares e a estrangeiros.

domingo, 16 de agosto de 2009

VAI TUDO ABAIXOOO

A "stunt publicitária" da bandeira resultou.
Como os "Darth Vaders" pretendiam, foi um bom "início de conversa".
Não só promoveram o debate, como também fizeram vir ao de cima muitos e evidentes tiques salazarentos, no Estado e em muitos populares, que ainda acham que "não se brinca com coisas sérias"...
Muitos destes empedernidos, que não se incomodam com as balas do Regicídio, as bombas anarquistas ou outras vergonhas subversivas perpetradas há 101 anos, ficam agora revoltados com uns "artistas" e não gostam da "brincadeira".

Até alguns que se dizem de esquerda e bloquistas, não acharam piada. Ha haha!

Impostores. Qualquer verdadeiro homem de esquerda saudaria a irreverência daqueles jovens, o seu protesto pacífico e humorístico contra os poderes instituídos! Só faltou lá o Jel com o megafone e o Falâncio, a dar-lhe com o quiriqui, pá!

Qu'é que esses gajos andam a fumar agora?


Há realmente muita desinformação sobre o que é uma Monarquia Constitucional, fruto de 99 anos de propaganda, que ainda alimenta uma "cassete" gasta e falaciosa.
Bem se vê que isto é uma república de doutorzinhos com o rei na barriga - acham-se mais que os outros, desdenham dos monárquicos como se fossem criaturas de outro planeta - porém eles é que estão ultrapassados no seu Jacobinismo pedante; na sua falácia lírica napoleónica em que não acreditam verdadeiramente, mas soa bem aos néscios; na sua intolerância às opiniões dos outros porque estão confortavelmente instalados e isso não se discute; na sua ignorância sobre o que é a monarquia actual, na sua sobranceria e insultos, e sobretudo, na sua desinformação, propositada ou ignorante, invariavelmente abusando de argumentos falaciosos, como associar a Monarquia ao fascismo ou ao arcaísmo medieval, etc.

O único argumento que vi até hoje fazer sentido, curiosamente, é óbvio e que reconheço - faz sentido e já o tenho lamentado: existe uma "falta de comparência" de muitos que se dizem Monárquicos, uma desunião que facilita a disseminação da propaganda republicana e da ideia que a Monarquia está acabada. Porém, isto advém provavelmente do estigma que a República impôs aos monárquicos durante quase um século.

Muito pelo contrário, a Monarquia é cada vez mais a alternativa ao descrédito a que este Estado chegou.
A Monarquia vai em crescendo, isso é claro a cada ano que passa. Com a centralização da Causa Real que está a ser levada a cabo este ano, acredito que a Opinião Pública vai ser esclarecida pouco a pouco, até que em breve, acredito que D. Afonso, sim o príncepe da Beira (D.Duarte estará ciente das vantagens de abdicar em favor do filho), será o aglutinador de todas as vontades - ele será Rei de Portugal.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

LISBOA NOVAMENTE DE AZUL E BRANCO




Lisboa acordou mais bonita esta manhã, cortesia dos Darth Vaders do 31 da Armada, os mesmos que nos trouxeram, há algum tempo, o feito semelhante de hastear a bandeira actual em Olivença.
Foi um acto simbólico, mas possa a FORÇA (the force) deste exemplo contribuir para mais e menos timidas intervenções monárquicas. Os 31 prometem mais, no espírito das comemorações fantoches da imposição da república - essas sim, hilariantes.

ACTUALIZAÇÃO 14.08.2009

Um dos jovens do 31 da Armada que pretendia devolver a bandeira municipal, foi interceptado pela PSP e feito arguido.

Fantástica captura. ficamos mais descansados por saber que esse perigoso individuo foi interceptado, quando já era esperado, estando armado com uma letal bandeira "engomadinha", que procurava devolver.
As bandeiras deste país podem drapejar de alívio.

É de facto, o que se pode chamar de país sur-real. Quanto é que esta demonstração de força e intolerância vai custar aos contribuintes?

É pena as autoridades não serem tão diligentes com o crime a sério e casos como o Freeport, etc.

Já agora, os Monárquicos que saudaram a iniciativa dos "Darth Vaders", o que é que vão fazer agora? Voltar para a concha ou dar a cara pelo rapaz?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

40% querem ser "Portunholes"

Diz um estudo recente da Universidade de Salamana, com o apoio do ISCTE, de Lisboa , que, 40% dos Portugueses desejam uma união com Espanha. Curiosamente, os Espanhóis,tradiconalmente sempre tão mais interessados no mesmo efeito, são desta feita apenas 30%.

Está na cara que se trata de uma união interesseira e de conveniência de 39.9% destes Portugueses. Mas será apenas a inveja, a ambição pessoal, e os combustíveis mais baratos a atrairem cada vez mais Portugueses?


Quem investigar verá que D. Carlos foi assassinado por contrariar os interesses instalados; os mesmos que ainda hoje levam 40% a querem ser "Portunholes", por não acreditarem nos políticos oportunistas e nas instituições desacreditadas deste bananal.

Por muito que goste de viajar por Espanha e de abastecer nos seus postos de combustivel ( e admito que gostaria de ser um pouquito campeão europeu de futebol), país, para mim, continua a ser Portugal, ainda que nesta versão rasca.

Porque continuo a acreditar que Portugal se irá regenerar, num Portugal Real.
VIVA O REI! VIVA PORTUGAL!
A propósito: Excerto de Carta de Antero de Quental -

“Creio que teremos a república em Portugal, mais ano menos ano: mas, francamente, não a desejo, a não ser num ponto de vista pessoal, como espectáculo e ensino. Então é que havemos de ver o que é atufar-se uma nação em lama e asneira. Falam da espanha com desdém - e há de quê - mas eles, os briosos portugueses, estão destinados a dar ao mundo um espectáculo republicano ainda mais curioso; se a república espanhola é de doidos, a nossa será de garotos. - A grande revolução, meu caro, só pode ser uma revolução moral, e essa nãos e faz de um dia para o outro, nem se decreta nas espeluncas fumosas das conspitações, e sobretudo não se prepara com publicações rancorosas, de espírito estreitíssimo e ermas da menor ideia prática”.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Porque Eles Cantam "Y Viva Espana"

O exemplo Espanhol devia ter servido de lição, mas nem duas Repúblicas falhadas, serviram a Portugal; a "Nuestros Hemanos" chegou e bastou.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Quanto Mais Me Bates...

O Povo Português gosta de um bom ditador.
(Antes de ser acusado de falta de espírito democrático, favor ler (risos) até ao final deste post.)
Não o afirmo apenas porque Salazar ganhou aquele passatempo televisivo dos "Grandes Portugueses", nem pela admiração geral e pública por figuras históricas de "pulso de ferro", como o Marquês de Pombal, ou D. João II.
Afirmo-o, fundamentado por casos recentes -que atravessam mesmo fronteiras - mostrando que o Ser Humano, no fundo, gosta de um bom mau chefe.

Vamos aos casos. Cá na "praça", temos os famigerados caciques das autarquias, com nomes bem conhecidos como Avelino Torres, Valentim Loureiro e Fátima Felgueiras, mostrando que isto de badasses, não é coisa só de homens.

Depois temos os exemplos do mundo da bola, onde é inevitável mencionar Pinto da Costa, e mais uma vez, Valentim Loureiro, entre outros.
Mas para quê demorar-nos no passado recente, quando temos as sempre emocionantes eleições do Benfica na ordem do dia - as urnas ainda não fecharam mas já temos um perdedor - não, não é aquele candidato que ninguém conhecia, até há umas semanas; é a "democracia", se é que isto existe no Futebol. A racionalidade, já se sabe, é coisa que pouco abunda no mundo do clubismo, mas a normalidade com que a aparente maioria dos Benfiquistas aceita, que um Presidente (demissionário) use golpes baixos para não concorrer em igualdade com os seus adversários, é bem demonstrativa do desprezo que muitos Portugueses nutrem por quem cumpre as regras, e a admiração por ditadores.

Antes de passarmos aos "tiranos" internacionais, não podíamos deixar de referir um dos grandes déspotas lusitanos - o Presidente do governo Regional da Madeira.
Que interessa aos Madeirenses votar noutros candidatos, se João Jardim é o homem do Povo da Madeira? Se ele quiser até podia ser João I da Madeira, Porto Santo, Selvagens e Desertas... portanto, eleições, enquanto este homem durar, é desperdício de dinheiro.
Quer queiram, quer não, parece ser genético que o Ser Humano precisa de um Alfa-male, e encontrando um feroz, tende a fazer dele o seu ditador vitalício.

Lá fora, o exemplo mais recente é o das Honduras. O Presidente actual, achando-se no fim do seu ciclo natural de mandatos, resolve mudar a constituição para poder concorrer novamente e continuar a liderar. Golpe-de-Estado, dizem os militares. O #$%&# que te $/&#, respondem muitos populares, dispostos a seguirem este outro El Comandante, como assim fizeram também os Venezuelanos com Chavez, e continuam a fazer os Cubanos.

Enfim, acho que são exemplos que cheguem, apesar de haver mais.
Muitos - quase todos - foram eleitos (e reeleitos) pelo Povo, em eleições mais ou menos livres, conforme as circunstâncias.
Portanto, se a vontade popular é eleger homens como Bush ou Amedinejade, cumpra-se a vontade popular. Mas é por isto, e por conhecer muitas pessoas em quem não confiaria um lenço de papel, quanto mais um voto em branco, que acredito na Monarquia e na falta que faz um Rei ou Rainha - um Chefe de Estado independente, vocacionado e esclarecido.
Quando é que foi a última vez que um ditador saiu de uma Monarquia (já nem digo Constitucional, basta dizer Europeia)? E de uma República? (pistas no texto deste post)...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O Mito do "Conto de Fada"

Um conhecido jornalista, mais conhecido por ser militante de um partido de Esquerda, fez à algum tempo referência (Prós e Contras, debate Monarquia/República, RTP) ao mérito que a república tem em permitir que um "filho do gasolineiro", aka Cavaco Silva, pudesse ascender a figura máxima do Estado Português...

Pois o filho do gasolineiro, com os seus amigos de partido, com os seus rendimentos (e da filha) nas negociatas no BPN e SLN, de facto representa o país actual, atolado em escândalos, descrédito e falência moral. Já a nora do gasolineiro dá um magnífico exemplo de austeridade e aproveita uma visita de Estado para fazer turismo na Capadócia, por conta do contribuinte, pois claro. Hipocrisia.
A um Rei ou Rainha nunca se perdoaria este "desmando", este abuso do erário público...

Que me interessa se o pai deste PR é carpinteiro, magarefe ou trolha? Será sempre um reformado emergente do lodo político, alguém que representou interesses, facções, parcelas ínfimas do que é a nação com mais de 800 anos que é Portugal.

Quem quer saber, por esse mundo fora, que o representante máximo, político e não só, de Portugal, é filho de gente anónima mas trabalhadora? O que interessa é o peso histórico e o prestigio, incluindo os laços familiares entre monarcas das várias casas reais, quando é preciso defender os interesses de Portugal e dos Portugueses!

Recorrendo à História não muito longínqua, é sabido que D. Manuel II, já no exílio, usou a sua influência pessoal junto da família real Britânica para ajudar as tropas portuguesas durante a I Guerra Mundial;
outro exemplo - alguém tem dúvidas que Portugal só conseguiu assegurar a posse de territórios em África, antes, durante e depois da Conferência de Berlim, devido ao hábil esforço diplomático de D. Carlos I e à sua importância como chefe da casa real de Portugal?
Não é à toa que D. Carlos ficou com o cognome de "O Diplomata" - bem mais justo e dignificante que "martirizado"...

Quando foi a última vez que Portugal teve um papel central internacional?...
Até na questão da auto-determinação de Timor Leste, D. Duarte teve um papel (“Timor 87”) mais preponderante que qualquer PM ou PR...

O que desmente ainda este "conto do gasolineiro" republicano, é que na verdade, não é qualquer operário de fato-macaco que chega a PR... na realidade é preciso uma máquina bem oleada por trás do putativo servente público para que consiga chegar ao topo da hierarquia republicana.

sábado, 6 de junho de 2009

OS Últimos Anos da Monarquia...

...Segundo o cônsul Britânico em Portugal, contemporâneo dos acontecimentos.
É um retrato bastante fidedigno, embora em certas passagens, o cônsul parece confiar em fontes secundárias, por não dominar o português.

Não alterei uma virgula. O link está aqui: http://www.clpic.ox.ac.uk/doc/7.doc

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Monarquia Electiva?

Caso 6
Q- "Mera proposta! As Cortes hoje deve ser o Povo Português, qualquer cidadão com mais de 18 anos que decida qual o rei ou rainha que querem ter."

R- "A sua questão é pertinente e surge amiúde na discussão Monarquia/República; acontece que, historicamente, desde o Liberalismo, os Reis de Portugal já eram eleitos... pelas cortes - isto é, tinham de ser aprovados e confirmados pelos parlamentares do Reino (representantes do povo). O papel do Rei/Rainha era não governativo, o de garante da soberania etc. aliás o modelo foi copiado para os PR. Só que um monarca é MUITO mais do que um homem (ou melhor, um reformado) da política...

De acordo que o Povo deve escolher os seus representantes. Porém como se vê por cá, a abstenção costuma ser a grande vencedora, na maioria dos escrutínios... e o que dizer dos cidadãos que ainda não têm 18 anos, ou dos que votam no candidato derrotado? IMO, Um monarca representa per si a nação, seus valores e cultura, é alguém nascido e criado no cargo, independente e impermeável a interesses ou lobbies. Tem resultado na maioria dos países mais democráticos e estáveis da Europa.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Já diziam os antigos...

Caso 5 (Youtube)
Q- "Mas qual é a diferença entre a républica e a monarquia? Uma coisa é melhor que a outra? Gostava que me explicassem. PS:Sou um Português baralhado"

R- "Como você há imensos e há quem queira que as coisas continuem desse jeito...

Basicamente, é assente que ambos os regimes funcionam - a diferença é
que a República já provou em 99 anos que, CÁ, não funciona... é a minha

opinião... e não só. Grandes pensadores como Eça e Agostinho da Silva
defendiam a Monarquia como o regímen mais adequado
para o carácter
português. E como disse D. Duarte, se o 5 de Outubro 1910 tivesse sido
bom, não seria preciso um
25/4/74..."

Citação de Eça de Queiroz à cento-e-tal anos:

"O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os carácteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!?"

Qualquer Semelhança com um pais real junto a si, é, com certeza, pura coincidência.

Monarquia 1 0 1 (Curso Básico Intensivo)

Singularmente, estranhos têm deixado questões sobre a Monarquia ou sobre S.A.R. Dom Duarte, nos comentários dos meus vídeos ou nos de outrem, no Youtube. Digo singularmente, porque, não só sou completamente desvinculado e não represento nenhuma associação ou entidade, como também os meus vídeos são até bastante eclécticos, embora um ou outro verse sobre os últimos Reis de Portugal, em jeito de homenagem ou de repúdio pelo regicídio.

Ainda assim, porque em tempos também eu vivia nas trevas, chamo a mim a responsabilidade de elucidar os mais desatentos, desfazendo alguns falsos mitos e fornecendo-lhes as "armas" informativas para que possam julgar em sua consciência, sem qualquer proselitismo.
Obviamente deixo claro qual é o lado em que me posiciono, mas permito a cada um a missão de interpretar os argumentos e decidir por si próprio, fornecendo-lhes links, fontes, etc., enfim, informação actualizada sobre a monarquia moderna, para equilibrar mais o confronto de ideias, já que 99 anos de propaganda oficial republicana tem tornado esta uma missão algo difícil...

A coincidência de todos estes casos se terem dado apenas durante o último fim de semana, é interessante, sem deixar de ser sintomática, que de facto, as pessoas estão saturadas e descrentes, tal é a falta de credibilidade a que o regímen actual chegou.
Peço desde já desculpa pelo extraordinariamente longo post, mas vale a pena, por concentrar a informação essencial, já que muitas das dúvidas e questões frequentes são semelhantes.

Caso 1
Q - "Pq é que o Duque não se mete na politica?"

R - "Parece q a questão é: porque D. Duarte não intervém mais activamente para resolver a lástima que é a situação actual deste país? Bem, acho que até Obama diria "No we can't" se vivesse cá! ;D
Não faço parte de nenhuma associação monárquica, nem posso responder por Dom Duarte, mas sei que os Duques de Bragança fazem imenso por Portugal e pelos PALOPS - coisas até que o Estado devia fazer e n/faz... D.Duarte tem é menos publicidade. (procura no google IDP, etc.) Também não faz mais prq não deixam..." [As caixas de comentários no youtube não dão para muito]

Caso 2
"Em jeito de resposta ao teu pedido de informação sobre Monarquia-Republica num comentário que deixaste, podes começar a informar-te vendo alguns documentários históricos sobre os últimos reinados - D. Carlos e D. Manuel II. Há um recente feito pelo canal História.
Um livro que recomendo, é "Dossier Regicídio - O Processo Desaparecido" basicamente um "quem é quem", tudo sobre como a república derrubou a monarquia, e como chegámos a este ponto, 99 anos depois.

Foi assim que eu "abri os olhos", mas não deixes que ninguém te dite as "virtudes" ou os "pecados", de cada regime. Descobre por ti próprio, procura no google, mas lembra-te: a republica tem desinformado o povo durante 99 anos com a sua "história oficial", (ver por exemplo o caso das cores da bandeira, a intencional confusão entre "monarquias" arcaica, medievalista ou constitucional (moderna e democrática, como em Espanha, Reino Unido, etc)

Não sou militante de nenhum partido ou associação, apenas um curioso como tu, a querer pensar por mim próprio e descobrir a verdade...
Se tiveres mais dúvidas é só dizeres."

Caso 3

Este não me contactou directamente, mas deixou um comentário há notícia de que Cavaco lucrou com a venda das acções que possuía do BPN, certamente aproveitando a vantagem que é ter amiguinhos ou "cavaquinhos" do PSD a brincarem aos bancos lá dentro; nesse comentário, jurava que nunca mais iria votar e perguntava-se se havia alguém em que se pudesse confiar na política em Portugal. Ora aqui está um apelo irresistível:

"Há alguém que é honesto, sim; alguém que representa o país como um símbolo vivo e prestigiante da sua história, tradição e costumes, não como um reformado privilegiado do atoleiro da política portuguesa;
alguém que não é condicionado por interesses ou lobbies, que não tem partido ou facções;
alguém que pode regenerar as leis, a constituição e as mentalidades e reparar um erro de 99 anos - esse alguém é um REI (ou RAINHA) de uma Monarquia Constitucional.

Independente, defensor da cultura nacional e dos PALOPS, dos desfavorecidos e das causas nobres, há anos que D. Duarte trabalha por Portugal sem publicidade, nem lobbies ou patrocínios.
A maioria dos países mais ricos, democráticos e estáveis da Europa são Monarquias. Só neste país é que nem se permite por a hipótese de optar por um regime que está na génese de Portugal e que tantos portugueses honrados, de todos os sectores da sociedade, defendem - sem interesse próprio, mas como a melhor reforma para o país.

Este que vos escreve, não é nascido "fidalgo". Moro na Margem Sul, sou professor e durante anos só conheci a propaganda republicana que todos repetem como "verdade" absoluta. Culparam a monarquia por todas as desgraças. Graças à Internet, pude descobrir a verdade. Como disse Raul Brandão "D. Carlos não foi morto pelos seus defeitos mas pelas suas qualidades".
Quase 100 depois, mesmo com a ajuda da U. E., quase nada mudou. Porque o problema não era o Rei, era a política sequestrada pelos interesses menores, partidaristas e individuais.
D. Carlos teve a coragem de acabar com eles e pagou com a vida e com a do herdeiro."

Tirando Dúvidas e Corrigindo Erros

Caso 4
"Na prática, e pegando exactamente em D. Carlos, há que lembrar a ditadura de Franco – sim, quando o Rei via a coisa mal parada decidia fechar o Parlamento"

R - "Escrevo-lhe na qualidade de simples leitor de assuntos históricos, pelo que entenderá o seguinte como quiser, de preferência consultado você mesmo fontes históricas independentes:
A sua frase que cito acima, revela desconhecimento do assunto. A "ditadura" que refere, nada tem a ver com a ditadura exercida na República, quer queiram quer não, conhecida por Estado Novo. Era uma opção que os próprios partidos da altura podiam pedir, e pediam frequentemente ao Rei, de forma a reorganizar o exercício do poder, face à instabilidade política. Durante esse curto período, eram marcadas novas eleições a que todos os partidos podiam concorrer.

O sistema não parece fazer sentido aos nossos olhos hoje em dia, e de facto revela que o modelo escolhido para a monarquia constitucional pós-liberalismo era porventura disfuncional, mas como todos as novidades, precisa de tempo para crescer e melhorar. Tempo esse que como sabemos, foi cerceado pela violência, pela destabilização, pela demagogia e pela propaganda - esta última ainda hoje dá cartas, como se vê pela sua desinformação em relação ao governo de João Franco.

Não leve a mal, afinal foi isso mesmo que a República pretendeu ao "adaptar" os factos históricos para justificar tomar o poder pela força, contra a maioria da vontade popular, um governo eleito em eleições livres e um chefe de estado legítimo. Se não fosse a minha curiosidade pela História e a facilidade que temos hoje em pesquisar pela Internet, se calhar ainda hoje repetia as mesmas falsidades que a historiografia oficial repete há 99 anos.

Se me permite um ponto de vista pessoal, um rei eleito nas cortes é tão "imposto" quanto um presidente eleito apenas por uma margem dos populares habilitados com direito de voto, que não se abstêm ou votam nos outros candidatos. Para mim, o representante e defensor da nação, da cultura e dos costumes do povo português, tem que ser isso mesmo e não um reformado da política turva ou de outra negociata qualquer; alguém nascido e criado no cargo, independente e impermeável a interesses, grupos ou lobbies.

Tem resultado nos países mais ricos, democráticos e estáveis da Europa, que tal como Portugal, tiveram monarquias na sua génese. A Itália só passou a ser uma monarquia nos Sec.XIX, assim como a Grécia a Alemanha, etc.; em França e nos E.U.A. o presidente é praticamente um monarca a prazo.
Não é por acaso que figuras conhecedoras do carácter português como Eça de Queiroz e Agostinho da Silva, defendiam a monarquia como melhor regime para Portugal. Outros, sendo republicanos, vão mudando de ideia, não sem razão...
Agora que deixem decidir os portugueses, depois de devidamente informados."

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

ACABAR COM O ESTIGMA

Cada vez surgem mais figuras públicas a manifestarem-se simpatizantes de outro regíme que não este que andou 99 anos a tentar formar cidadãos "militantemente repúblicanos" amigos da "cunha"...

99 anos de desinformação que não convenceram, ainda que tentem difamar os Monárquicos como um grupo de castiços anacrónicos.
O Estado Napoleónico já estava caduco em 1908, face ao Constitucionalismo Monárquico, que ainda vinga entre a maioria dos Estados europeus desenvolvidos.

Alguns nomes monárquicos públicamente conhecidos, sã0 por exemplo Miguel Esteves Cardoso e Chefe Hélio Loureiro (Cozinheiro da Selecção Nacional de Futebol), entre outros.