domingo, 23 de dezembro de 2007

Natal Passado, Presente ou Futuro?

Como “simpatizante” da causa real e Português interessado pelo seu país, penso que falta uma intervenção mais informativa e principalmente, activa, já que, pelo que eu tenho reparado, a maioria dos reticentes em relação à monarquia estão absolutamente desinformados quanto à realidade do que é a Monarquia moderna. Mas ao mesmo tempo, estão desiludidos com a realidade política actual, que cada vez está mais desacreditada.

Também me parece que os próprios monárquicos estão divididos, pelo que tudo isto acaba por criar a imagem de que a monarquia não é uma alternativa séria.

É pena, porque eu acredito que a monarquia é realmente o melhor caminho
para Portugal e, nos dias que correm, a solução face à degradação
continuada e cada vez mais imoral do comportamento político em Portugal.

Não vejo melhor altura para uma maior intervenção dos responsáveis pela
causa monárquica e uma aposta decisiva no esclarecimento da população.

Acho que uma monarquia e uma família real uniriam mais o país,
promoveriam melhor a nossa imagem além fronteiras, e poderia significar o
cerceamento do crescimento dos interesses particulares, em prejuízo dos
interesses do país... ou talvez seja só um desejo de Natal?

Será que algum dia Portugal terá uma prenda?
Bom Natal e um real ano de 2008!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Palavras de Lata

Esferográficas de prata e muito protocolo para os liders das nações livres da Europa, pouco depois de terem trocado brindes com os liders vitalícios das muito pouco livres nações de África.

Tudo numa semana, que viu Lisboa ter alguns sectores condicionados em nome da segurança e do "protocolo". Em troca, os cidadãos tiveram na 5a feira, dia de trabalho para a maioria, direito a a entradas livres na maioria dos Museus, para além de passagens gratuitas na Carris e no Metro.

Os Africanos continuam a não ter direito a nada, mas o que é que isso interessa se o prestígio da organisação destes eventos é que conta, assim como os souvenirs prateados que cada signatário levou para o seu país? Não sejamos miserabilistas. Não há nada pior neste país do que os invejosos que se opõem à opulência dos grandes momentos.

Afinal não foi para isto que se matou um rei e um principe, atentando ainda contra a ordem pública e a paz geral? Sim, para que "qualquer um" ascenda a ser um reizinho com um disfarce de republicanismo. Sim, porque um monarca é um despesista fútil, um bibelot inútil, um parasita e um encargo, que nunca faz nada pela nação, na óptica de um republicano.

Engraçado como uma nação "republicana" tem tantos tiques de monarquia de antigo regíme.
Boas festas, e já agora cuidado com o bolo rei...

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Restauração à Mesa no Jantar dos Conjurados

Noite de Gala para os Monárquicos, mais uma vez, qundo se celembram 367 anos desde que um grupo de cerca de 40 conjurados, como se auto-denominaram, sincronizou esforços para libertarem Portugal da "ocupação" estrangeira, que duráva há 60 anos.
A 1 de Dezembro de 1640, chegava ao fim o reinado 2dos Filipes espanhóis em Portugal, e davam-se vivas a D. João IV e ao Portugal restaurado.

Hoje, passada a euforía restauratória, pouco mais do que um feriado ficou da data, já que a república dedica menos atenção a estas datas mais representativas da existência de Portugal do que às da existência do regime.

A figura do duque de Bragança, antes de se tornar D. João IV, tem sido menospresada por alguns autores, que, talvez intencionalmente ou republicanamente, tentam passar a imagem de um homem frouxo e irresoluto, que impalidece em comparação com a sua esposa ambiciosa e espanhola, por sinal, que terá rugido um “antes morrer reinando, do que viver servindo”...

No entanto, uma visão mais REAL, será, a de um homem com sentido de estado, como se diria hoje em dia.
Tudo foi muito bem pensado e combinado, no mais profundo sigilo para não deitar a perder a revolta. Porque do outro lado estava uma das maiores potências do mundo, bem armada e posicionada para esmagar qualquer rebeldia, com já havia sucedido antes.

Portanto, D. João IV, apesar de sempre vigiado e suspeito, teve a ousadia de perceber e ajudar a porpocionar as condições ideias para o sucesso da revolta, da qual esteve sempre em contacto, apesar de não ter participado directamente no assalto ao Paço, nesse dia 1º de Dezembro.
E é claro que o super-herói musculado de capa e espada ou que se vira para a camera e diz "hasta la vista baby" depois de despachar uma centena de mauzões, tem sempre mais encanto do que a personagem que manobra na sombra.

Não resito a recordar aqui a opinião de um Inglês do século XVII, tirada de outro blog:

"O ministro inglês em Lisboa durante a época das lutas entre D. Afonso VI e o infante D. Pedro, ainda durante a guerra da restauração, Sir Robert Sthouwell, escrevia que: “se quereis ver os portugueses vencidos, deixai-os uns com os outros”. Menos de 2 décadas depois da conjura do 1º de Dezembro os portugueses já tinham perdido a capacidade de unidade e de consenso nacionais que tinham mostrado naquela primeira quinzena de Dezembro em que liquidaram o domínio de uma das principais potências da Europa, da potência que então disputava a primazia com a França."

sábado, 10 de novembro de 2007

Limpe-se a Nódoa Histórica

Em vésperas do centenário do Regicídio, penso que Portugal não perdeu apenas um Rei à frente do seu tempo, um jovem e promissor herdeiro, e uma ligação histórica e familiar às suas origens - perdeu também parte da sua alma, do seu prestígio internacional e custou-nos décadas de retrocesso democrático.

A maior homenagem que se poderia fazer às vítimas do maior crime contra Portugal, na minha opinião, seria reabilitar a Monarquia.
Desejo todas felicidades aos herdeiros da Família Real, nossos melhores representantes, como simbolos vivos da nação.

sábado, 6 de outubro de 2007

"Argumentos"?...

"Argumentos" é favor...

Não sei quem é que o Jornal gratuito "Meia-Hora" (4ª feira, 3 de Outubro) sondou para chegar a estes brilhantes "argumentos, mas os escolhidos a favor da república, são de facto hilariantes... e tão distorcidos que nem é preciso muito para rebate-los...

1 – “Qualquer pessoa é elegivel”.

É bonito de se dizer, mas na prática não funciona.
Quem é “elegível” tem que ter uma máquina partidária atrás. Ou vir de um "antro" político. Perguntem ao "Candidato Manuel Vieira"...

2 – Falácia inqualificável. Um monarca tem tantos ou menos poderes que um Presidente, e terá tantas ou menos oportunidades do que um P.R. para “perigar a democracia” de que é o garante e educado para tal desde o nascimento. Ver última resposta (ponto 4).

3 – Muita gente que eu conheci teve uma “infância anormal”, sem nunca terem sido príncipes, nem terem perdido contacto com a “realidade”. Mesmo nas monarquias mais conservadoras do Ocidente, as famílias reais são dos principais intervenientes em causas de caridade e protecção social, ecológica e de outras realidades descuradas pelos poderes “republicanos”. Hilariante.

4 – Bem, vejamos quantas Monarquias Ocidentais são ou foram Estados fascistas e ditatoriais desde o Séc. XX… hmmm… hmmm…

Republicas: Portugal (Estado Novo, Salazar, a mais longa ditadura da Europa), Espanha (enquanto república, Generalíssimo Franco), Itália (Mussolini) e Alemanha (Nazi, Hitler). Apenas a França aparenta estar isenta, mas logo no início da república (Napoleão), foi o que se viu, desde execuções a ocupações e saque de outros Estados, houve de tudo. Resta lembrar uma última república “exemplar”, ou repúblicas, melhor dizendo: as Soviéticas…
Enfim, mais um argumento completamente roto e ridículo.

Ps - A favor do MH, o jornal publicou na mesma página uma relevante entrevista a D. Duarte de Bragança. Para quem não leu, irei tentar colocar os melhores excertos aqui, brevemente...

domingo, 30 de setembro de 2007

5 Outubro - 864 Anos da Fundação de Portugal

Perto de se atingir o centenário da república neste país, é mais do que notório que a monarquia não era o problema. A república antes acentuou os problemas que já vinham de trás, além de provocar outros novos, com especial evidência para o retrocesso democrático que o país sofreu desde 1910, e anteriormente a essa data, a gangrena que persiste ainda hoje, do interesse próprio, mesquinho, bairrista ou corporativista, em prejuízo do interesse nacional.

D. Manuel II, durante o seu exílio voluntário, sempre recusou regressar a Portugal e ao trono, pela força e pelo derramamento de sangue. Abdicou de lutar pelo que era o seu legítimo direito, lutar contra o golpe de estado que mendigou reconhecimento pela Europa, pela causa maior – o bem de Portugal. Quantos políticos hoje fariam 50% do mesmo? Nem têm a decência de se demitir, quando são pronunciados arguidos em casos de corrupção…

A meu ver, a diferença entre republicanos e verdadeiros monárquicos é subtil mas substancial – os últimos cometem erros também, mas têm uma vantagem: são idealistas. Acreditam numa causa maior do que eles próprios e que tem a força de unir um povo (ou mais, veja-se o caso da Espanha ou do Reino Unido) e um país. Uma família, representada numa outra família, que está ligada por linhas ancestrais à génese do país, de que é o símbolo vivo. A monarquia terá os seu problemas, com certeza que os têm, como qualquer outro sistema, mas uma vez unidos os monárquicos e acertadas as divergências, não será pior para Portugal do que a república tem sido...

Até as repúblicas, como a Americana, necessitam da sua “realeza” – sejam os “pais fundadores”, seja o presidente, que é tratado como um rei, e tem até a sua palaciana “Casa Branca”… A diferença, mais uma vez, é que esses “monarcas republicanos” não chegam sozinhos ao poder. Vêm acompanhados dos interesses da força, seja ela qual for, que os ajudou a subir. Num sistema como o Português, serão sempre suspeitos e reféns do seu passado político; estarão sempre condicionados nas decisões que tomarem. Quanto à apregoada virtude de qualquer cidadão poder vir a ser o chefe de estado deste país, não passa de um mito – como provou o candidato Manuel João Vieira, “Enapá2000” - quem não tem apoio da máquina partidária ou de quaisquer interesses, não chega lá…

Com certeza que existem republicanos que amam este país, tanto como os monárquicos; mas na hora de o provar, a república em 100 anos, já esteve mais mal do que a monarquia em quase 800.

Como leitura de feriado, recomendo o livro " VIVA A REPÚBLICA! VIVA O REI!
cARTAS INÉDITAS DE AGOSTINHO DA SILVA
(Teresa Sabugosa)"

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Petição Real e Oportuna

Em boa hora alguém se lembrou de lançar esta petição, que pretende apenas lembrar e homenagear dois Portugueses barbaramente assassinados à esquina de uma rua da praça de visitas de Lisboa, à perto de 100 anos.
Este crime, dos mais odiosos da história nacional e internacional, está prestes a cumprir o seu centenário de opróbrio, em Fevereiro do ano que vem. Tão vergonhoso é, que o Regicídio tem sido mantido no baú dos fantasmas da história. Bem ao estilo de uma República esquizofrénica e complexada, que até a origem das cores da bandeira republicana tentou esconder.
Independentemente das convicções pessoais de cada um, como diz a petição, esta iniciativa desvinculada de interesses procura assinalar uma data fatídica da história contemporânea nacional, e de maneira simbólica, prestar um tributo às vítimas e condenar a violência e o terrorismo. Fica o apelo a todos os Portugueses e Portuguesas.


Ex.º Senhor Presidente da Assembleia da República

Excelência:

A 1 de Fevereiro de 1908, pelas 17:20 horas, no Terreiro do Paço junto à esquina com a Rua do Arsenal, foram assassinados o Rei Dom Carlos I e o Príncipe Real Dom Luís Filipe.
Este acontecimento trágico, geralmente reconhecido como um dos mais marcantes da História de Portugal, merece bem ser evocado com a imparcialidade e a clarividência que a distância de um século já permitem.
Sem menosprezo das legítimas opiniões pessoais de cada um dos Portugueses acerca do regime actualmente vigente, consideramos importante e oportuno assinalar o centenário do Regicídio.
Na verdade, trata-se de condenar um acto de terrorismo contra um Chefe de Estado legitimamente empossado e contra o seu sucessor constitucionalmente consagrado, acto planeado e perpetrado sem manifestação de vontade ou participação da esmagadora maioria de um Povo de índole pacífica e tolerante.
Assim, ao abrigo do artigo 52º da Constituição da República Portuguesa e nos termos da Lei n.º43/90, de 10 de Agosto, vêm os signatários solicitar a V.ª Ex.ª o seguinte:
1- que o dia 1 de Fevereiro de 2008, centenário do Regicídio, seja decretado dia de Luto Nacional;
2- que às 17:20 horas desse dia seja cumprido um minuto de silêncio, em homenagem a um dos maiores Chefes de Estado de Portugal e ao seu sucessor constitucionalmente consagrado.

Quem desejar juntar a sua assinatura à de muitos outros cidadãos e cidadãs deste país, pode faze-lo aqui:

http://www.petitiononline.com/1fev2008/petition.html

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Não é Defeito, é Feitio

Não há nada de mal na República, apenas NESTA república.
Este regime revelou-se um autêntico câncro para o país.
Precisou de menos de 100 anos para demonstrar que a monarquia não era o problema, se é que alguém tinha dúvidas.
A Espanha cometeu o mesmo erro, mas emendou-o a tempo.
Infelizmente, por este andar, vai levar muito tempo até que os Portugueses despertem do coma para onde foram atirados em 1910.

"Foi o Rei D. Carlos um "antecipado", e por isso foi assassinado, para que a desordem e a mediocridade pudessem continuar a campear."
António Sardinha

Sábias palavras. E afinal, até 1910 era repúblicano. Também aprendeu depressa.
Pensando bem, é mesmo defeito.

domingo, 15 de julho de 2007

Ser Português é...

No dia em que saíu a entrevista ao nosso segundo laureado, José Saramago, onde o autor do Memorial do Convento e de outras obras excelentes, faz a apología de uma comunidade ibérica com centro em Madrid, mais se evidencía a necessidade de uma figura de estado que, de modo unânime , independente e identificável com a história e a nação, represente o povo Português e seja o simbolo vivo da nação. Nenhum presidente pode ser ou fazer isto tudo, numa só pessoa.

Embora a união política e económica com outros estados seja, até certo ponto, aceite hoje em dia - caso da União Europeia, - a união proposta pelo escritor exilado nas Canárias, tem uma leitura ofensiva para muitos Portugueses, que de imediato reagiram negativamente e até emotivamente, sensurando o Nobel Português.

Parece óbvio que esta questão só é suscitada, pela deríva de valores e de representação nacional, a falta de auto-estima pública, e pela frustração com o nível político nacional.
A Monarquia pode, eventualmente, ter defeitos; mas a república tem certamente muitos mais. Assima de tudo, é um regime hipócrita, com todos os defeitos apontados à Monarquia e outros mais, apenas permitindo que grupos partidários e "elites" de qualidade duvidosa sirvam os seus próprios interesses e os de terceiros.

Saramago pode ter afrontado muitos "brios" Portugueses como diz, mas ao atirar uma pedrada no vespeiro, despertou o enxame dormente para a realidade. Os Portugueses estão na situação que estão por culpa própria, por desmazelo, egoismo, tacanhez e corrupção.


Se os Portugueses realmente se sentem ofendidos com a cedência de parte da sua nacionalidade e independência, se realmente sentem brio em ser Portugueses, devem começar por o demonstrar no dia a dia, em prol do país e dos valores nacionais, contra a mesquinhez, os interesses próprios, a politiquice, e favorecer do desenvolvimento do país.

Isto vale também para alguns ditos monárquicos, que se perdem em desavenças e questúnculas espúrias, não sendo capaz de organisar e mobilizar em favor de uma causa única - Portugal.

terça-feira, 29 de maio de 2007

PORTUGAL 1º


“O Rei de Portugal, Dom Duarte, poderá não ser Monarca Reinante mas tem a difícil tarefa de manter vivo o espírito cultural da nação; e isso é mais importante do que usar uma coroa…”

Tenzin Gyatso, 14º Dalai Lama do Tibete

in Dom Duarte e a Democracia