quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ESTADO VELHO

Medina Carreira, em entrevista após o lançamento do seu novo livro, comparou o estado actual do Estado actual, ao Estado Novo. Nada de novo, então. A República não mudou muito, nem mudará nunca, sendo como é desde o início, uma república maçónica. E o que nasce torto, jamais se endireita.

"Compara muito estes tempos com o estertor final da monarquia. Em que havia, se descontarmos a efémera ditadura de João Franco, dois partidos, esgotados e corruptos, que se alternavam no Poder - os progressistas e os regeneradores. Como o PS e o PSD de hoje?

Esta democracia não funciona. Os partidos fecharam-se porque não querem gente de qualidade lá dentro."

Medina Carreira, não desilude, e ao seu estilo, diz o que todos pensam mas são demasiadamente "politicamente correctos"" para o exprimirem publicamente.
Neste caso específico, dá-me razão - esta comparação com os partidos rotativistas já eu a tinha feito há tempos.
Esta também merece destaque:

"Mas num País sem recursos, o Estado tem de revelar alguma imaginação para estimular isso...
O Estado tem de ter caco: os tribunais a funcionar bem e impedir que só haja imbecis a sair da escola.

E entre alguma palha, ainda se encontra esta pérola:

"Não há democracia válida se os países não tiverem sustentabilidade económica. Acha que temos uma democracia a sério? Olhe, eu queria uma democracia como esta: o senhor Olmert, primeiro-ministro de Israel, foi acusado de se ter abotoado com uns dinheiros. Vai ser julgado. O presidente da República envolveu-se num escândalo sexual. Foi despejado. O senhor Nixon fez aquela pantominice do Watergate e foi-se embora. Uma democracia tem de ter um sistema judicial que funcione. E em Portugal? É o Freeport, são os sobreiros, os submarinos, os bancos... Tudo! Em Portugal, o Poder não quer que a justiça funcione. porque isso lhe trará dissabores."

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